Victor: Santo ou profano?


Victor vivencia um momento diferente no Atlético. Criticado por uns, elogiado por outros. Titular incontestável para alguns, carente de suplente para o restante. Se para o técnico Levir Culpi jogador é número, para quem aqui escreve também.

A intenção não é levar Victor à júri, mas mostrar os números do goleiro. Sem mais delongas, o camisa 1 do Atlético encerrou a partida contra o Bahia com a marca de terceiro arqueiro com mais defesas difíceis no Campeonato Brasileiro.

De acordo com números do site Footstats, Victor fez 29 defesas difíceis, enquanto Everson, do Ceará, realizou 32, e Santos, do Atlético-PR, 31. O goleiro atleticano chegou a ser o líder deste quesito, porém viu os adversários o superarem – o que pode ser positivo e indicar que o Galo tem sofrido menos finalizações nas partidas.

Victor entrou em campo em 60 jogos neste ano, sofrendo 55 gols, o que lhe dá uma média de 0,92 tento por partida. Embora a estatística seja positiva, observando os goleiros das 20 equipes que disputam a Série A do Brasileirão desde o início do ano, esta é apenas a 12ª melhor marca.

Este levantamento foi realizado pelo Fala Galo e mostra que Victor está ligeiramente dentro da média. Analisando os números gerais, a média de gols sofridos pelos 20 goleiros que atualmente são titulares no Brasileirão é de 0,93 por partida. Entre os 12 clubes mais tradicionais do Brasil, o camisa 1 do Atlético supera apenas o Júlio César, do Fluminense, nesta estatística.

Qual seria a sentença deste caso, se Victor ostenta uma marca importante no Campeonato Brasileiro, mas em números de gols sofridos está vagamente dentro da média? Pode não parecer, mas esta explicação é simples.

Em praticamente todo o primeiro semestre, é comum os clubes apresentarem números muito superiores à segunda metade do ano devido à disputa do campeonato estadual. O aproveitamento do Atlético no Campeonato Mineiro, por exemplo, foi de 62,5%. Caso repetisse este número no Brasileirão, atualmente o Galo ocuparia a terceira posição do campeonato, com 65 pontos – cinco a menos que o líder Palmeiras.

Com jogos mais difíceis, o Atlético sofreu mais finalizações e consequentemente mais gols. Entretanto, estar entre os goleiros que mais fizeram defesas difíceis no Campeonato Brasileiro mostra que Victor ainda transmite segurança aos companheiros de equipe e ao técnico Levir Culpi, bastante ligado a números.
Victor não apenas foi como ainda é um jogador importante no elenco do Atlético. Entretanto, também é compreensível os que argumentam que o goleiro de 35 anos precisa de uma suplente à altura no banco de reservas para o substituir quando ele entender que chegou o momento de pendurar as luvas.

Atualmente o substituto imediato de Victor é o jovem Cleiton, de 21 anos. Promissor, o ideal seria o arqueiro ser testado no Campeonato Mineiro para adquirir experiência e ser lapidado, iniciando assim o processo de transição quando o titular decidir se aposentar.

Enfim, difícil dar uma sentença, mas para não ficar em cima do muro, Victor segue sendo santo!

@FalaGalo13 / @StefanoBruno07

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